Quando eu publiquei que tinha medo de panela de pressão fiquei surpresa com a quantidade de comentários que recebi de gente se solidarizando comigo. Foi assim que descobri que o trauma não era só meu e que este assunto merecia mais espaço. No início do ano eu me encontrei com minha amiga Cibele e ela disse que a melhor coisa que ela tinha comprado nos últimos tempos era uma panela de pressão elétrica. Este gancho era tudo o que eu precisava para continuar minha investigação “pressionada”.
Entrei em contato com a Electrolux e propus um teste da panela de pressão elétrica deles, a Chef. Eles toparam – \o/ – e, assim, pude fazer alguns testes preliminares para dividir minhas impressões aqui.
A primeira coisa é que a panela de pressão elétrica impressiona pelo “porte”. Antes de me aventurar a fazer qualquer coisa, li e reli o manual de cabo a rabo – afinal de contas, o receio em “pilotá-la” ainda existia. Mas desta forma descobri que a panela elétrica de pressão tem 7 dispositivos de segurança contra 3 da panela de pressão convencional (ponto para ela – deixa a gente mais segura mesmo!). A capacidade da panela elétrica de pressão também é maior (6 l) do que a minha convencional (4,5l). Os cuidados de colocação de um volume mínimo e máximo de líquido durante o cozimento sob pressão são semelhantes, porém a panela elétrica oferece outras funções de preparo (fritar, cozinhar, refogar, função molho, manter quente) além da pressão. A diferença de preço entre o modelo elétrico e o convencional fica entre 2,5 a 3 vezes mais; diferença que eu considero razoável pela diferente tecnologia presente em cada uma delas.
Características desvendadas, vamos aos testes! Para este primeiro movimento, optei por receitas/preparos que já tinha feito antes para ter um bom parâmetro de comparação.
O primeiro teste foi o “Milho Cozido Perfeito”, com todos os truques que aprendi com a Tati do Panelaterapia e que viraram “padrão de milho delicioso” aqui em casa. O processo consiste em cozinhar as espigas já limpas em água misturada com uma colher rasa de açúcar por 10 minutos na pressão, esperar a pressão sair naturalmente e depois finalizar por mais 10 minutos sem pressão, acrescentando duas colheres de sopa de sal à água. Este seria o primeiro teste da panela de pressão elétrica.
Limpei as espigas e coloquei-as no recipiente antiaderente de cozimento, com água e açúcar. Fechei a tampa e programei a pressão para 10 minutos – e notei que o contador só começa a funcionar quando se atinge o nível adequado de pressão interna (o que é o correto, pois quando lemos qualquer receita que especifique o tempo de cozimento sob pressão este só vale a partir do momento que a panela atinge a pressão e a válvula começa a soltar vapor). Ao final dos 10 minutos, um sinal sonoro alerta do fim e, imediatamente, a panela migra para o modo “Manter Aquecido”. Aguardei a saída natural da pressão para abrir a tampa – quando a válvula vermelha da tampa abaixa mostra que este procedimento é seguro – adicionei as duas colheres de sal à água e programei os 10 minutos adicionais de cozimento no modo “Cozinhar” e deixei o timer correr. Ao final dos 10 minutos, um novo sinal sonoro e um perfume delicioso de milho verde cozido pela casa. O sabor e a textura eram iguais ao milho cozido na panela de pressão tradicional.
Resumo deste teste: eu me senti como se estivesse cozinhando com a panelinha mágica do conto “A Boa Sopa” dos irmãos Grimm: bastava apenas programar a panela de pressão elétrica para que ela desse conta – sozinha – da tarefa, me liberando para realizar outros preparos ou cuidar de assuntos fora da cozinha. A função de programar o tempo nos dá liberdade para cuidar de mais de uma tarefa ao mesmo tempo, garantindo total segurança. Aprovado!
O próximo teste eu já decidi: será com risoto. Vamos ver como este prato, que eu tanto faço, se comportará pressionado. 😉
Beijos,